17.7.10

Viagem ao desconhecido

Olho para frente e vejo flashes do passado;
Flashes translúcidos e repletos de possibilidades;
Possibilidades que enchem o futuro de esperança;
Esperança que persiste, cria raízes;
E asas também;
Asas que levam os pensamentos para uma jornada jamais antes pensada;
Uma jornada sem destino - surpreendente e misteriosa;
Asas que alimentam almas;
E levam os sonhos para os lugares mais inóspitos;
Mais longínquos;
Mais encantadores.
Olho para trás e vejo um futuro acontecer.

25.3.10

By my self


Angústia é querer falar e ter que amordaçar;

Tristeza é ter que sorrir quando não há motivos;

Infelicidade é ter que sentir quando a alma está vazia;

Vazio é quando o mundo não cabe no seu coração;

Sentimento é o calafrio que arrepia a carne;

E a felicidade é relativa.

Basta você olhar para o lado;

Ela pode estar sorrindo pra você!


Beijos e inté!

Érika






26.2.10

Vale quanto custa

De que adianta a verdade, se no mundo em que vivo o que vale é a falsidade;
De que adianta a entrega, se no mundo em que vivo o descartável é que está na moda;
De que adianta a lealdade, se no mundo em que vivo o que vale é a esperteza;
De que adianta o amor, se no mundo em que vivo o que vale são as paixões furtivas;
De que vale a amizade, se no mundo em que vivo o que vale são os falsos amigos;
De que vale viver, se no mundo em que vivo a morte está sempre à espreita.
Beijos e inté!

21.2.10

Mal da folia

Depois da folia, a ressaca. Não me refiro à ressaca da cachaça, da cerveja, nem da vodka. E sim, aquela que não há remédio no mundo que a cure: a ressaca moral. Ela começa aguda no coração, como uma fisgada, passa para a cabeça se confundindo com uma enxaqueca, e volta crônica ao coração. Como a dor de um ataque fulminante. Há quem pense que está diante de um, mas bastam alguns minutos para perceber que não. Ilusão. A ressaca moral atinge milhares de pessoas todos os anos. Diferentemente da ilusão de ótica, não há mágico no mundo que consiga desvendá-la. Simplesmente acontece, como um piscar de olhos. Olhos esses que não conseguem se encarar no espelho, nem cobertos por uma máscara.
Beijos e inté!

Frenesi


No compasso da folia, corpos se entrelaçavam de alegria;

Entre a batida da eletrizante bateria e o grito do apito, um sorriso;

No meio da multidão, um silêncio ensurdecedor invadira o corpo da bailarina;

Silêncio que ressoara como um zumbido, tamanha a emoção;

Pés e corpos seguiam compassadamente o ritmo da cantoria;

Na alegria contagiante que seguia, um coração cantava a melodia espalhada no ar;

No meio da multidão, um olhar;

Olhar intenso e reluzente, como o brilho da saia da menina que iluminava as ruas de felicidade;

Como num misto de sensações, ebulição;

Olhos e bocas se misturaram no compasso inquientante da hipnotizante bateria.


Beijos e inté!


22.11.09

Sweet memories

Ela já não queria mais estar ao seu lado quando ele esticou a mão para acariciá-la;
Ela já não tinha mais nele seus pensamentos; pensamentos que outrora lhe pertubavam a cabeça;
Ela já não mais sentia o seu cheiro; cheiro que um dia lhe deixara zonza de tesão;
Ela já não mais lembrava de seu rosto; rosto com linhas antes sabidas de cor e paixão;
Ela já não mais lembrava o gosto de seu beijo, beijo que um dia lhe deixara sem fôlego e chão;
Ela já não mais queria estar do lado direito da cama, cama que um dia lhe aqueceu o coração.
Ela queria sentir a liberdade que um dia lhe foi prometida e nunca consentida.

Beijos e inté!

Por um instante

Quando pensei que tinha em você um aliado...
... discórdia.
Quando pensei que seria ouvida...
... zumbido.
Quando pensei que escutaria a doce melodia da sua voz...
... hiato.
Quando pensei que teria o seu afago...
... distância.
Quando pensei em sentir o mel do seu beijo...
... fel.
Quando pensei que teria você só por mais uma noite...
... dia.
Quando pensei...
... acordei.


Beijos e inté!